Combata 11 Transtornos Emocionais com Exercícios

Mande para longe depressão, estresse, síndrome do pânico e outros problemas

Quando sentimentos como a raiva e a tristeza batem à porta, a primeira reação pode ser pensar que não há muito que fazer além de respirar fundo e esperar passar. Porém, pesquisas científicas comprovam que a prática de exercícios físicos pode ajudar – e muito – a prevenir ou até mesmo tratar problemas que afetam as emoções. “A atividade física pode combater a depressão, aumentar a libido e até melhorar a auto-estima”, afirma o educador físico Fábio Miranda, coordenador do Centro de Wellness do Instituto Wilson Mello, em Campinas.

Depressão

Segundos um estudo realizado pelo Centro Médico de Southwestern, na Universidade do Texas (EUA), a prática de exercícios aeróbicos regulares pode reduzir os sintomas de depressão pela metade. A pesquisa acompanhou 80 pacientes durante três anos e os dividiu em dois grupos: um fazia treinamento aeróbico três ou cinco vezes por semana e o outro praticava apenas exercícios de alongamento. O grupo que praticou exercícios aeróbicos cinco vezes por semana reduziu os sintomas em 47% após três meses de treinos. O grupo que se exercitava três vezes por semana melhorou seus sintomas em 30%.

Ansiedade

Pesquisadores da Southern Methodist University, nos Estados Unidos, descobriram que pessoas com um quadro clínico de ansiedade podem ter os sintomas reduzidos com atividade física de intensidade moderada – 150 minutos de prática por semana.

Pânico

O aumento da respiração e da freqüência cardíaca que ocorrem com a prática de exercícios pode ser familiar para aquelas pessoas que sofrem com ataques de pânico, já que sensação é parecida. Entretanto, a atividade física regular parece ter um efeito calmante em pessoas que tem o transtorno. Uma pesquisa feita pela Universidade de Goettingen, na Alemanha, e publicada na revista Psychosomatic Medicine analisou pessoas com síndrome do pânico que apresentaram melhoras significativas nos sintomas depois de fazer exercícios aeróbicos todos os dias, durante três semanas. Segundo os pesquisadores, o benefício ocorre por conta da liberação de hormônios como a endorfina, que tem efeito calmante sob o organismo.

Transtorno de estresse pós-traumático

Muitas pessoas passam por eventos traumáticos ao longo da vida – como um acidente grave ou a morte de um ente querido. Em alguns casos, esse trauma pode gerar o transtorno de estresse pós-traumático, marcado por seqüelas do acontecimento, como pesadelos, agitação e flashbacks perturbadores. Uma pesquisa preliminar da Universidade de Hofstra, em Nova York, sugere que o exercício aeróbico pode ajudar a reduzir esses sintomas, bem como depressão e ansiedade.

Exercite sua autoconfiança

A disposição proporcionada pela atividade física pode dar aquele empurrão extra para a realização de tarefas diárias com muito mais eficácia. É o que afirma um estudo recente da Universidade de Cardiff, no Reino Unido, que descobriu que os praticantes de atividade física vigorosa têm níveis mais elevados de autoconfiança – acreditam na sua capacidade de obter sucesso em uma determinada situação

Mau humor de inverno

Se você tem propensão à desordem afetiva sazonal, mais conhecida como aquela moleza e o mau humor que chateiam durante o inverno, pode apostar na atividade física para driblar esses sintomas. Pesquisadores russos publicaram na revista Psychiatric Research um estudo afirmando que usar uma bicicleta ergométrica três vezes por semana, durante uma hora, ajuda a amenizar a desordem afetiva sazonal, além de controlar o apetite que aumenta nessa época e regular o sono.

Estresse

Se você sabe que vai ter um dia ruim, a primeira coisa que deve fazer é colocar roupa de ginástica e investir em exercícios vigorosos. Esse é o conselho dos pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. Na pesquisa, 63 mulheres saudáveis foram divididas em dois grupos com base em seus níveis de exercício durante um período de três dias. Elas também foram submetidas a tomografias para avaliar os níveis de estresse em cada uma. No final do estudo, aquelas que fizeram 75 minutos por semana de atividade física vigorosa sofriam um menor desgaste cerebral decorrente do estresse do que aquelas que eram sedentárias.

Autoestima

Exercitar-se regularmente pode mudar a maneira como você se vê. Pesquisadores da East Carolina University, em Greenville, Carolina do Norte, descobriram que um treinamento de força proporciona melhoras significativas no autoconhecimento e na autoestima, principalmente porque melhora o físico e faz a pessoa sentir-se bem com o corpo. “O maior impacto acontece com quem estava muito acima do peso e passa a se enxergar de outra maneira depois de começar os esportes”, diz Fábio Miranda.

Estresse no trabalho

De acordo com uma pesquisa da Universidade de Tel Aviv, em Israel, exercícios físicos ajudam a melhorar o humor no ambiente de trabalho. O estudo foi publicado no jornal Daily Mail e envolveu 1.632 trabalhadores israelenses saudáveis dos setores público e privado. Os resultados mostraram que, quanto mais ativa era a pessoa, menor a chance de ela manifestar algum sentimento de estresse durante o trabalho. A equipe que fez pelo menos 240 minutos semanais de atividade exibiu praticamente nenhum sintoma, mas mesmo o grupo que optou por 150 minutos também apresentou melhora na autoestima e na capacidade de trabalho.

Raiva

Pesquisadores da Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos, descobriram que exercícios físicos pela manhã podem amenizar comportamentos agressivos no decorrer do dia. Segundo os especialistas, os exercícios agem como uma droga, protegendo contra a indução da raiva.

Depressão pós-parto

Exercícios físicos parecem funcionar como uma terapia para mulheres que sofrem de depressão pós-parto, de acordo com um estudo feito pela Universidade de Melbourne, na Austrália. A pesquisa foi publicada na revista Physical Therapy e acompanhou mais de 160 mães que haviam acabado de deixar a maternidade. Um terço desse grupo fez uma rotina de exercícios de uma hora por semana, durante oito semanas. O segundo grupo recebeu apenas instruções em forma de anotações e o último grupo não recebeu acompanhamento.

Depois de analisar os resultados, os estudiosos concluíram que houve uma melhora significante nos testes de sintomas de depressão do primeiro grupo – e os resultados se mantiveram após um mês do final do acompanhamento. O número de mães identificadas com possibilidade de desenvolver a depressão pós-parto caiu em 50% no grupo ativo.

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Posted on 6 de Abril de 2012, in Esportes, Exercícios Físicos and tagged , , , , . Bookmark the permalink. Deixe um comentário.

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